segunda-feira, 31 de maio de 2010

Criar comunidades online – Parte 1 – O que nunca ninguém te disse!



O meu amigo Luis Torres enviou-me um link de um artigo muito interessante. Não podia deixar de partilhar convosco.O site maistrafego.pt além deste tem artigos e tutoriais diversos, carregados de boa informação.



Uma das áreas que mais me fascina na web, é sem dúvida a criação de comunidades online. Criar uma comunidade pode ser muito mais compensador a nível pessoal e também profissional, do que qualquer tipo de rendimentos que possamos ter com outro tipo de site. Criar uma comunidade é um investimento a longo prazo, que requer muito trabalho, dedicação e investimento pessoal.

Com a quantidade de software gratuito e de grande qualidade que existe hoje-em-dia, começar uma comunidade sobre um tema do nosso interesse, é fácil, se calhar até fácil de mais, pois vejamos. Registar um domínio é simples, custa à volta de 8€, nada de especial. Comprar alojamento na web, é como ir comprar um pacote de leite, se calhar até mais fácil. Instalar o software, demora 2 minutos se o vosso host tiver o installatron, ou o fantastico. Enfim, simples, fácil e barato.

Podem-me dizer que “isso demora tempo e dá trabalho”. Sim, concordo plenamente. Para ser um projecto sério, muito mais será preciso fazer. Escolher o nome, pensar no branding, alterar o software ou fazer algo de raiz para preencher as nossas necessidades. Construir uma estratégia de marketing, começar a divulgar, etc. Mas serão estes pormenores a principal dificuldade?! Não, estão longe de o ser. No meio de tudo o que é necessário para construir uma comunidade, falta sempre o mais importante. A comunidade!

Como construir uma comunidade sem a comunidade!

Vamos então lançar o projecto. Neste momento, somos as pessoas mais espertas e inteligentes do mundo. Já lemos dezenas de artigos em blogs, a ensinarem-nos tudo sobre os segredos da divulgação e criação de projectos online. Dizem-nos para fazer mil e uma estratégias que seguramente nos trarão seguidores fiéis, não se sintam mal por isso, a banha de cobra é talvez o produto mais vendido do mundo. Estratégias essas, como por exemplo, já sabemos tudo, sobre a criação de passatempos, e oferta de prémios, temos até já 30 ideias diferentes para o fazer. Pobres coitados. Depois de 3 ou 4 passatempos e prémios oferecidos, dezenas de vantagens e recursos úteis, as pessoas simplesmente não se interessam e dificilmente voltam ao nosso site. Apercebes-te então, que estás a “comprar a comunidade”, e vez que estás a cometer um erro. Tu queres uma verdadeira comunidade, pessoas que realmente se interessem e tragam valor, e não uma comunidade comprada. Aqui estás a cometer o primeiro erro e aprendes a tua primeira lição, o maior segredo para criar uma comunidade está no “engagement”. Não tentes comprar as pessoas, poderá funcionar nas primeiras semanas, mas a longo prazo é um erro. Algo que se aprende com a experiência, mas já vamos abordar o “engagement” mais à frente.

Num primeiro momento, quando finalmente lançam o vosso novo projecto, estão a fazer tudo o que está ao vosso alcance para atrair visitas. Eu sei que não é como se estivem parados, apenas à espera que as pessoas cheguem e fiquem espantadas com o vosso novo site. Estão a divulgar o projecto aos vossos amigos, familiares, colegas, e mesmo assim as pessoas não se interessam. Criaram uma página no facebook, fizeram uma conta no twitter, exclusivamente para o vosso novo site. Divulgaram… divulgaram… twitaram… twitaram… seguiram e seguiram pessoas. Mesmo assim as pessoas não se demonstram interessadas.

Partem para uma nova estratégia, começam a gastar dinheiro na divulgação. Compram banners, artigos noutros blogs, até fizeram uma campanha no adwords, com as keywords perfeitas para atrair visitantes. Coitados de vocês, os iludidos. As pessoas continuam a não se interessar pelo vosso projecto.

1. A frustração



É fácil ficar desapontado no início, aliás, é aqui que 99% das pessoas comete o segundo erro. A desistência! Não ter sucesso num projecto na web, depois da falta de qualidade, a desistência é provavelmente o termo que mais está associado ao falhanço. Há uma frase muito usada neste meio – “People never fail at web marketing – they just quit before success happens”. E tem a sua razão de ser, que já vamos abordar mais à frente.

Nesta fase, é fácil ficar frustrado.

“Será que as pessoas nos estão a tentar dizer qualquer coisa?”

“Será o nosso projecto assim tão inferior?


”Assumes simplesmente que “as pessoas não estão interessadas, elas não querem saber…!” As pessoas têm vida para além da web (pelo facebook, já não meto as mãos no fogo), e mesmo que percam tempo com o nosso tema, fazem-no em sites já estabelecidos e com maior tráfego que o teu. “Então porque me vou preocupar com isto?! Porque estou a perder tempo a oferecer às pessoas recursos úteis para a sua área de interesse, se elas simplesmente não estão a tirar proveito do que estou a construir!”.

Por outras palavras. Neste momento já fizeste tudo o que estava ao teu alcance para construir uma comunidade, mas a comunidade simplesmente não aparece. É neste momento que temos de nos lembrar das coisas que realmente são importantes quando queremos construir uma comunidade.

2. Keep Your Feet on the Ground and Your Eyes on the Heavens



Mantém os teus pés na terra e os teus olhos nos céus. Adoro esta frase, acho que representa totalmente o conceito (aka KYFGYEH) do que é construir um projecto na web. Se queremos construir uma comunidade, temos de ter em mente que as pessoas não aparecem do dia para a noite. Construir uma comunidade, pode levar semanas, meses ou vários anos, vais dar muitas cabeçadas na parede, vais cometer muitos erros, não desesperes, faz parte do processo. Mesmo que tenhas feito o possível para sobressair da multidão (andar vestido de pinguim na rua, poderá ser uma boa ideia), para dar nas visitas, para te distanciares da concorrência. Tem em mente uma coisa, a web é enorme, a maioria das pessoas são autenticas tartarugas a descobrir sites de qualidade da sua área de interesse na web. Então para começarem a participar, não são tartarugas, são fosseis! (Por falar nisso, estás à espera de quê, para começar a participar no +tráfego?!) A maioria das pessoas que chega ao teu site, vai ler os pequenos conteúdos que lá tens, e apenas uma pequena percentagem se vai realmente registar, umas vão demorar mais que outras a fazê-lo e algumas nunca chegarão a isso. Dessas pessoas que se vão registar, algumas vão contribuir, outras nunca vão chegar a “vias de facto”!

Existe um fenómeno que é deveras interessante para mim, que sou um curioso destas áreas. Que é o que costumo chamar de “SLA”, “Sou leitor assíduo mas só agora decidi começar a participar”. Quantas vezes não lemos isto nas apresentações dos fóruns, ou nos comentários de um blog, por exemplo.

3. The Engagement – A Relação



“The Egagement”, para mim um dos termos chave a ter em mente na construção de comunidades online. Se o projecto não reflecte o que tu, enquanto administrador, és genuinamente interessado, provavelmente estás condenado ao insucesso. Coitados de vós, os iludidos! Fóruns, blogs, portais temáticos, sites dedicados a nichos específicos, de sucesso, todos têm uma coisa em comum. Reflectem o interesse do criador.

Enquanto criador de um site, o seu conteúdo tem de reflectir o criador. E isso deverá ser o suficiente para gerar interesse e começar o engagement. Tal como na vida fora da web, tu relacionaste com pessoas dos mesmos interesses que tu, na web, não é diferente, nem poderá ser. Se alguém se interessa sobre o que realmente aborda e é o teu site, é ai que a comunidade se começa a construir. À volta dos interesses do criador.

Se a maioria das pessoas não se interessa, “who cares!”. Isso não pode, nem deve afectar o teu interesse pelo projecto. Os novos administradores, devem ter em conta que eles são os primeiros a acreditar no projecto, apesar de todas as dificuldades que possam vir a ter. Não devem existir expectativas sobre se vão encontrar ou não, outras pessoas com o mesmo interesse e com vontade de participar. Isto é o que torna a web numa plataforma espectacular e repleta de oportunidades. Existem dezenas, centenas, milhares de sites para cada assunto que possas imaginar. Se as pessoas estiverem interessadas, mais tarde ou mais cedo, elas acabam por te encontrar. O desinteresse geral que vais encontrar na construção da tua comunidade, nunca deve ser razão para colocar em causa os teus gostos, aquilo que acreditas e queres construir. Caso contrário, coitados de vós, os iludidos. São uns perdedores à partida!

4. The Commitment – O Compromisso



Outro termo importante a ter em conta. O compromisso com o projecto deverá estar sempre presente e em primeiro plano. Uma das coisas é a rentabilização do projecto. Os novos administradores não devem esperar fazer dinheiro com a vossa comunidade. Compreendo que muitas pessoas podem pensar de maneira diferente. Ou pelo menos querem cobrir o investimento inicial que tiveram, mas não existem qualquer tipo de garantias que vão ter um retorno significativo. Mesmo com esta possibilidade em mente, nunca a paixão pelo vosso projecto deve ser posta em causa em troca de alguns cêntimos. Qualquer projecto de sucesso reflecte a paixão do seu criador pelo projecto. Tempo, paciência e conteúdo de qualidade, vão criar a tua comunidade, o dinheiro não vai. Outro aspecto, é que nunca penses em depender, ou contar com a ajuda de outra pessoa para pagar os custos que o site possa ter. Aceita a responsabilidade que é o teu site, o teu conteúdo, a tua paixão, os teus sacrifícios.

Outro aspecto de extrema importância, é que nunca estarás completamente sozinho até apagares o teu site. A web tem milhões de utilizadores, de certeza que vais encontrar pessoas com os mesmo interesses que tu. Nunca estarás fora do jogo até clicares no delete! Preocupa-te em criar o conteúdo que tu gostas, o teu site sempre representará os teus gostos e interesses ao mundo. Como disse anteriormente, se estiveres completamente dedicado à tua comunidade, outras pessoas poderão estar interessadas em fazer parte. Agora depende de ti vestir a camisola. Se vais estar apenas a “meio-gás” no projecto, não esperes que alguém possa estar a “todo o gás” por ti.

Conclusão
Estas são algumas coisas que aprendi com a experiência, espero que possam ser úteis para quem está a começar. Já mandei para o lixo mais sites, do que aqueles que tenho actualmente, já cometi autênticas barbaridades e certamente vou cometer muitas mais. Mas criar uma comunidade na web é talvez das coisas mais gratificantes que pode existir nível pessoal e profissional. Espero que tenham gostado deste artigo, foi dos artigos que talvez mais me deu prazer escrever nos últimos tempos. Conto com o vosso feedback e opiniões na construção de comunidades online

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Social Media Revolution 2 (Refresh) !

Social Media não são um Mass Media*

* Texto Publicado na revista Marketeer deste mês

Por João Duarte CEO do Grupo YoungNetwork

Preâmbulo. Social Media é a informação que é disseminada através da interacção social. Cada consumidor é também um potencial criador de conteúdos, usando tecnologia Web, que corre sobre a Internet. Os Social Media caracterizam-se por uma relação bidireccional (diálogo; de muitos para muitos). Mass Media é a informação destinada a uma grande audiência, dominadora no séc. XX. A televisão, a rádio, os jornais, os livros e também a Internet (jornais online, vídeos, podcasts, blogs, etc.) são os principais Mass Media. Caracterizam-se por uma relação unidireccional (monólogo; de um para muitos).

No mundo inteiro tem explodido a utilização de meios sociais. Activamente, ouvimos falar de Facebook, Twitter, Linkedin, Hi5, MySpace, agora Chat Roulette, e outros já adoptados por muitos de nós. Todos eles são intuitivos de usar e qualquer pessoa pode rapidamente aderir e socializar. Em poucas horas, estamos dentro e, voilá!, somos nativos.

Para os comunicadores, outro desafio se coloca: como utilizar as novas ferramentas para falar e ouvir as audiências? Agora já não se trata apenas de falar. É preciso ouvir, saber ouvir, ainda por cima ouvir muitos. E depois, dar feedback, reagir ao que se ouve, seja explicando ou redesenhando um novo produto, por exemplo.

Sem dúvida que o futuro é já hoje social, mas sem deixar de ser de massas. A televisão perde gás no mercado norte-americano, mas ainda é a força dominadora. Em Portugal o fosso dos meios tradicionais para os sociais é ainda muito grande. Cá, os Social Media ainda não são um Mass Media. Mas sê-lo-ão sem dúvida num prazo máximo de cinco anos. Sabemos que a geração abaixo dos 30 usa cada vez mais o PC em detrimento da televisão, e que estes são consumidores, na sua maioria, definitivamente perdidos na perspectiva dos meios tradicionais.

Felizmente que o mundo não é a preto e branco apenas, e que lado a lado, ou melhor, colocar mass media por cima de conteúdos Web (de redes sociais ou não) dá origem a algumas das melhores campanhas. Os conteúdos das redes sociais podem e devem ser potenciados pelos meios tradicionais.

Repare-se nos vídeos virais que têm a sua origem na Web. As visualizações quase sempre disparam quando o vídeo é um conteúdo suficientemente interessante para passar na televisão. O excelente resultado na Web dos flashmobs do aeroporto da Portela só foi possível por terem sido notícia de telejornal.

É a estratégia estilo Beatles. Esta dá-se nas escolas de gestão. Os Beatles eram um quarteto de Liverpool, que tinha bastante sucesso naquela cidade inglesa. Mas que se não tivessem saído dali para Londres nunca teriam sido a referência maior que foram. Isto porque precisavam de um “megafone” como Londres, para os expor e fazê-los chegar a todo o Mundo. A mesma coisa se passa no futebol. Normalmente os grandes jogadores passam pelos principais clubes nos países de origem antes de conseguirem chegar aos melhores campeonatos. Isto porque precisam de estar visíveis, na montra.

Com os Media Sociais a mesma coisa. Muitas vezes os conteúdos – embora existam excepções – precisam de continuar a ter os Mass Media em cima para atingirem relevância para as grandes audiências.

terça-feira, 11 de maio de 2010

domingo, 9 de maio de 2010

Evento Marcha Benfica Campeão

A reportagem sobre a Marcha pelo Benfica Campeão começa aos 6 minutos e 14 segundos sensivelmente!