Dada a diversidade de estudo sobre a frequência com que a palavra é utilizada diversos contextos, a maioria dos autores inicia a sua abordagem pela distinção entre inovação e invenção, para que não se confundam os dois termos. Invenção será a primeira utilização de uma ideia para um novo produto ou processo (Fagerberg, 2005), enquanto a inovação que à inovação está necessariamente associado o aspecto prático da colocação da ideia em acção. Ou seja, a inovação será a primeira aplicação prática (Fagerberg, 2005). Claro que, muitas vezes, invenção e inovação estão directamente associadas, e pode ser difícil separá-las de forma clara. É apontada ainda uma outra diferença entre inovação e invenção, que se refere á entidade que desenvolve o processo.
Assim, associa-se invenção a universidades e institutos de investigação, e inovação às empresas. Esta divisão parece associar a invenção a um saber mais teórico e a inovação à aplicação desse saber, dirigindo-o para o mercado (comercialização) com o objectivo de obter não apenas resultados, mas sobretudo resultados duradouros (vantagens competitivas). Tal está também associado ao conceito de difusão da inovação. No âmbito do processo que decorre da invenção à inovação, a empresa terá de combinar um conjunto de recursos tangíveis e intangíveis para transformar a invenção em inovação. Esta gestão e combinação de recursos são efectuadas por um figura que Schumpeter denominou de «entrepreneur», e que se distingue claramente do inventor.
Invenção e inovação estão evidentemente relacionadas, havendo situações em que uma inovação surge da combinação de várias invenções ou da adaptação de algo que já foi inventado noutras circunstâncias (Roberts, 2002). Em muitos casos, não há a possibilidade de datar ou de identificar claramente onde começa a inovação e acaba a invenção, assumindo-se a inovação como um processo de natureza multidimensional e sistémica.
Existe uma enorme quantidade de definições mais formais de inovação as quais podemos analisar. A OCDE, por exemplo, distingue inovação de produto e de processo da seguinte forma:
«Inovação no produto: uma melhoria na performance ou alargamento das possibilidades de aplicação de um produto ou serviço. Inovação no processo: pode manifestar-se numa melhor performance do processo ou dos procedimentos de logística e controlo.»
Podemos então concluir, que a inovação é a conjunção de vários elementos: é necessário ter uma ideia, perceber as oportunidades, escolher a melhor alternativa, aplicar a ideia e fazer com que tenha sucesso no mercado, evitando que se mantenha na condição de invenção.
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