sábado, 31 de janeiro de 2009

Marketing de Guerrilha




Excelente acção de marketing de guerrilha. Fica a dica para as empresas portuguesas e o aviso para os nossos governantes… Ver aqui.

Top Ten Viral ads of 2008

Top 10 virals for 2008 as compiled by GoViral based on compiling numbers of views from Youtube, Dailymotion, Metacafe, Break and Vimeo. Rankings adjusted by taking into account a "people's verdict".

1. Wassup anno 2008
Disclaimer: Budweiser's parent company, Anheuser Busch, which originally licensed the concept for five years from Stone, was not involved in the production of the ad

2. SFW XXX Party Invitation
Diesel's naughty montage of 1980s porn films using cartoon animation to cover up explicit scenes, just, for its 30th anniversary

3. Kobe Bryant jumps over an Aston Martin
Nike's clever "did he or didn't he" actually clear a car. Probably not, but it got people talking, and watching

4. Extreme Street Football
Electronic Arts trickery masterpiece featuring kids with football skills – and parkour and capoeira – using a football like you ain't never seen

5. Take it to the next level
Guy Ritchie directs this shot-in-first-person tale of a teen footballer's hardcore ups and downs from being discovered to losing teeth to playing for a national team

6. Tiger Woods 09 – Walk on Water
When a fan of EA's golf game pointed out a flaw that Tiger Woods could play a "Jesus Shot" from on water, the game manufacturer's response was this viral featuring the man himself

7. Bean Counter
One of those Mac vs PC ads where Apple prods Microsoft over spending loads on advertising Vista when it should be fixing it

8. Samsung Omnia i900 Unboxing
Samsung spoof of the tech-fan trend of filming opening the box of a new gadget for the first time

9. Fate – Leave Nothing
Emotive Nike fare of lifelong rivalry of two NFL players featuring version of sound track from the Good the Bad and the Ugly

10. Adam and Eve
Insurance company ad featuring a gay Adam and frustrated Eve that found life online after being banned from TV

Simplesmente Genial



Clique no link:
http://superfad.com/player.php?project=251&item=566

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Conceito de Marca

A complexidade do conceito “marca” está profundamente relacionada com as diferentes perspectivas em que esta pode ser abordada e com a diversidade de públicos relacionados, existindo por isso uma multiplicidade de definições passíveis de análise. Não sendo objecto desta investigação fazer uma recolha exaustiva das várias hipóteses de definição entende-se necessário, como base de enquadramento, dar uma visão geral do conceito de marca.

Alguns exemplos:

David Ogilvy (1955) referiu que: “Uma Marca é a soma intangível dos atributos de um produto: o seu nome, embalagem e preço; a sua história, reputação e a maneira pela qual é comunicada. É ainda definida pelas impressões e experiências de quem as usa.”

Em 1960, a Associação Americana de Marketing (AMA), avança com aquela que é identificada como a concepção clássica da marca e que espelha uma tendência da época ao vincar uma pretensão de superioridade da marca em relação ao produto. Segundo a AMA, a marca seria:” um nome distinto e /ou símbolo (...), destinado a identificar os bens ou serviços de um vendedor ou grupo de vendedores, no sentido de diferenciar esses bens ou serviços da concorrência”. Esta perspectiva, que se tornou na mais expressiva definição idealista das marcas, defendia que o seu valor estava ancorado na consciência dos consumidores, como uma construção teórica que dependeria fundamentalmente da sua gestão. Ou seja, as marcas valeriam essencialmente pelos nomes, termos, símbolos ou designs que acompanhavam os produtos e que ajudavam ao reconhecimento e consciencialização do consumidor.

Nesta linha de raciocínio, Levitt (1980) defendia que as marcas eram sobretudo extensões do mesmo, que incluíam o nome, a embalagem, o serviço, as garantias, ou a qualidade, e que constituíam a base de diferenciação do produto no sentido da vantagem competitiva. Esta opinião é secundada por Kotler (1997) onde afirmou que as marcas não são produtos de uma natureza particular mas, e acima de tudo, “a promessa do vendedor em fornecer um conjunto de características, benefícios e serviços aos compradores”. E assim sendo, uma marca permitia não só identificar um produto ou serviço, mas incorporava um conjunto de valores e atributos intangíveis, relevantes para o consumidor e que contribuíam para diferenciar a oferta e motivar à compra.

Stefhen King (1999, WPP Group, Londres) afirma: “Um produto é uma coisa fabricada numa fábrica; uma marca é qualquer coisa que é comprada pelo consumidor. Um produto pode ser copiado por um concorrente; uma marca é única, um produto pode desaparecer (perder o seu valor) muito rapidamente; uma marca é eterna”.

Christopher Kenton (2007) define marca como “…uma ideia na mente dos consumidores… e essa ideia é formada pelo que se diz e pelo que se faz.”

A marca e o produto constituem, portanto, elementos distintos, já que o produto seria aquilo que a empresa fabrica e a marca aquilo que a empresa vende. A marca constitui assim o principal motor de compra, assentando na percepção que os consumidores dela formam, a partir das acções de marketing desenvolvidas pela empresa. São construções teóricas, muito para além das características físicas do produto, pois assentam em elementos intangíveis, identificados como os únicos capazes de traduzir a verdadeira unicidade da oferta. Embora a qualidade do produto seja uma premissa importante, não é o suficiente para a empresa se afirmar no mercado, recorrendo, por isso, a valores e ideias que conseguia insuflar na marca, trabalhando os seus suportes de marketing e comunicação. E por esse motivo, os idealistas defendem que as marcas devem ser entendidas como verdadeiros activos financeiros a ser geridos ao mais alto nível (Dru, 1996).

100 Value Brands 2008

Este é o ranking de 2008 das 100 mais valiosas marcas do mundo criado pela renomada consultoria de marketing Interbrand, empresa que foi fundada na cidade de Londres em 1974. Os valores representam $ bilhões.
-
1 Coca-Cola (Estados Unidos) - 66,667
2 IBM (Estados Unidos) - 59,031
3 Microsoft (Estados Unidos) - 59,007
4 GE (Estados Unidos) - 53,086
5 Nokia (Finlândia) - 35,942
6 Toyota (Japão) - 34,050
7 Intel (Estados Unidos) - 31,261
8 McDonald’s (Estados Unidos) - 31,049
9 Disney (Estados Unidos) - 29,251
10 Google (Estados Unidos) - 25,590
11 Mercedes-Benz (Alemanha) - 25,577
12 Hewlett-Packard (Estados Unidos) - 23,509
13 BMW (Alemanha) - 23,298
14 Gillette (Estados Unidos) - 22,689
15 American Express (Estados Unidos) - 21,940
16 Louis Vuitton (França) - 21,602
17 Cisco Systems (Estados Unidos) - 21,306
18 Marlboro (Estados Unidos) - 21,300
19 Citi (Estados Unidos) - 20,174
20 Honda (Japão) - 19,079
21 Samsung (Coréia do Sul) - 17,689
22 H&M(Suécia) - 13,840
23 Oracle (Estados Unidos) - 13,831
24 Apple (Estados Unidos) - 13,724
25 Sony (Japão) - 13,583
26 Pepsi (Estads Unidos) - 13,249
27 HSBC (Inglaterra) - 13,143
28 Nescafé (Suiça) - 13,056
29 Nike (Estados Unidos) - 12,672
30 UPS (Estados Unidos) - 12,621
31 SAP (Alemanha) - 12,228
32 Dell (Estados Unidos) - 11,695
33 Budweiser (Estados Unidos) - 11,438
34 Merrill Lynch (Estados Unidos) - 11,399
35 Ikea (Suécia) - 10,913
36 Canon (Japão) - 10,876
37 JPMorgan (Estados Unidos) - 10,773
38 Goldman Sachs (Estados Unidos) - 10,331
39 Kellogg’s (Estados Unidos) - 9,710
40 Nintendo (Japão) - 8,772
41 UBS (Suiça) - 8,740
42 Morgan Stanley (Estados Unidos) - 8,696
43 Philips (Holanda) - 8,325
44 Thomson Reuters (Canadá) - 8,313
45 Gucci (Itália) - 8,254
46 eBay (Estados Unidos) - 7,991
47 Accenture (Estados Unidos) - 7,948
48 Siemens (Alemanha) - 7,943
49 Ford (Estados Unidos) - 7,896
50 Harley-Davidson (Estados Unidos) - 7,609
51 L’Oreal (França) - 7,508
52 MTV (Estados Unidos) - 7,193
53 Volkswagen (Alemanha) - 7,047
54 AIG (Estados Unidos) - 7,022
55 AXA (França) - 7,001
56 Heinz (Estados Unidos) - 6,646
57 Colgate (Estados Unidos) - 6,437
58 Amazon.com (Estados Unidos) - 6,434
59 Xerox (Estados Unidos) - 6,393
60 Chanel (França) - 5,830
61 Wrigley’s (Estados Unidos) - 6,105
62 Zara (Espanha) - 5,955
63 Nestlé (Suiça) - 5,592
64 KFC (Estados Unidos) - 5,582
65 Yahoo! (Estados Unidos) - 65,496
66 Danone (França) - 5,408
67 Audi (Alemanha) - 5,407
68 Caterpillar (Estados Unidos) - 5,288
69 Avon (Estados Unidos) - 5,264
70 Adidas (Alemanha) - 5,072
71 Rolex (Suiça) - 4,956
72 Hyundai (Coréia do Sul) - 4,846
73 Blackberry (Canadá) - 4,802
74 Kleenex (Estados Unidos) - 4,636
75 Porsche (Alemanha) - 4,603
76 Hermés (França) - 4,575
77 Gap (Estados Unidos) - 4,357
78 Panasonic (Japão) - 4,281
79 Cartier (França) - 4,236
80 Tiffany & Co. (Estados Unidos) - 4,208
81 Pizza Hut (Estados Unidos) - 4,097
82 Allianz (Alemanha) - 4,033
83 Moet & Chandon (França) - 3,951
84 BP (Inglaterra) - 3,911
85 Starbucks (Estados Unidos) - 3,879
86 ING (Holanda) - 3,768
87 Motorola (Estados Unidos) - 3,721
88 Duracell (Estados Unidos) - 3,682
89 Smirnoff (Inglaterra) - 3,590
90 Lexus (Japão) - 3,588
91 Prada (Itália) - 3,585
92 Johnson & Johnson (Estados Unidos) - 3,582
93 Ferrari (Itália) - 3,527
94 Giorgio Armani (Itália) - 3,526
95 Hennessy (França) - 3,513
96 Marriott (Estados Unidos) - 3,502
97 Shell (Holanda) - 3,471
98 Nivea (Alemanha) - 3,401
99 Fedex (Estados Unidos) - 3,359
100 Visa (Estados Unidos) - 3,338

Agências de Publicidade - Funções e Carreiras


Definição de Agência (Segundo a APAP – Assoc Portuguesa Agências de Publicidade):

Considera-se Agência de Publicidade as sociedades constituídas de acordo com a lei geral, tendo por objectivo exclusivo o exercício da actividade publicitária e que disponham para o efeito de organização de colaboradores de reconhecida competência profissional, capazes de assegurar a vários clientes em simultâneo um serviço de qualidade nos campos de Análise de Marketing, Concepção e Criação da planificação, da compra e do controlo de campanhas de publicidade.

Funções e Carreiras Profissionais:

- Direcção Geral:
o Accionistas/Dono da Agência – Funções de controlo geral e planeamento da empresa, definição da política de pessoal e relações com fornecedores e clientes.

- Direcção Administrativa/Financeira:
o Director Financeiro/Tesouraria/Caixa/Contabilidade/Responsável RH – Funções de planeamento financeiro do exercício e responsável pelo controlo orçamental. Supervisor das áreas administrativas.

- Direcção de Contas:
o Director de Serviço a Clientes/Director de Contas/Supervisor de Contas/Executivo de Contas/Estagiário:

- Director de Serviço a Clientes – Tem a função de gerir o departamento de contacto, sendo o Director dos Directores de Contas. É um adjunto da Direcção Geral para a área de Planeamento, Estratégia e Executiva;

- Director de Contas – Representa o Cliente na Agência e a Agência no Cliente. Coordena os grupos de contacto devendo estar presente nos pontos importantes da relação Cliente vs. Agência. Este director tem responsabilidade acrescida na medida em que tem de se manter em contacto ao nível dos Mercados e do Marketing e elaborar relatórios para a Agência sobre a evolução dos mercados, concorrência, ... Tem uma actividade pro-activa estudando oportunidades. Tem também funções de aconselhamento do grupo de contacto.

- Supervisor de Contas – Pode substituir o Director, coordenando e gerindo o grupo de executivos de contas que dele dependem. Participa na definição da estratégia de comunicação, recebe e discute briefings com o Cliente, está presente nas reuniões com o grupo criativo e de media, controla o material final que é produzido e responde ao Cliente. Elabora relatórios sobre as Marcas (Contas) que podem trazer valor acrescentado.

- Executivo de Contas – Representa o Cliente na Agência e vice-versa. Tem que gerir o orçamento/budget de Marca de acordo com as regras e discute a Estratégia Operacional de Marketing. É o responsável pelo dia-a-dia de trabalho no conta. Tem que cumprir os prazos sendo a sua gestão e negociação importantes para dar credibilidade ao Cliente. Tem que controlar a facturação efectuada, tem de negociar com fornecedores (internos e externos da Agência) para obter orçamentos possíveis de atingir para respeitar as regras adjudicadas à produção. Negoceia com o Tráfego as datas de entrada e da saída do trabalho. È responsável pelos arquivos da sua Marca e pelo dossier onde consta a comunicação comercial efectuada pela concorrência com análises desta que se devem manter actualizadas. Para a elaboração deste dossier – Adv Book – conta com o apoio do Estagiário/Trainee que tem a seu cargo o trabalho de arquivo e pesquisa de informação para complementar as necessidades dos brieifings. Acompanha muitas vezes o Supervisor nas reuniões de modo a poder tomar contacto com o dia-a-dia da empresa.

- Direcção Criativa/Produção:
o Director Criativo/Copy Writer ou Redactor/ Art Director ou Visualizador/Maquetista/Designer/ Produtor TVRCine/Produtor Fotográfico/Director de Produção Gráfica/ Arte Finalista/Produtor Gráfico/Tráfego:

- Director Criativo – Domina as técnicas e linguagem da área criativa, coordena os diferentes grupos criativos e a produção gráfica. É responsável pela execução da estratégia criativa para cada Marca e da estratégia criativa da própria Agência. É ainda responsável pela qualidade do trabalho produzido. Está presente quando necessário nas reuniões internas (debriefing ou briefing interno) e deve estar presente nos pontos mais altos da relação com o Cliente.

- Copy Writer ou Redactor – Tem a seu cargo a concepção da campanha em termos de texto. Tem de corrigir todos os textos nas artes finais e ozalides (última peça antes de entrar em produção).

- Visualizador ou Art Director – É o responsável pela concepção visual da campanha em Publicidade e Marketing Directo. Trabalha em conjunto com o Copy, fazendo dupla, sendo responsável pelo acompanhamento de produção das peças criadas.

- Maquetista – Art Director Junior, responsável pela maquetização das campanhas depois de delineado o conceito criativo e a sua concretização gráfica. É o responsável pelos layouts que se apresentam ao Cliente.

- Designer – Criativo com funções específicas ao nível do design de Brochuras, Porta-Folhetos, Folhetos, Sinaléctica, Stands, Packaging, Logótipos, etc. Muitas vezes faz dupla com o Copy.

- Produtor TVRCine – O produtor TV/Rádio/Cinema é o responsável pela ligação entre a Agência e os fornecedores (estúdios de som e imagem, produtoras, castings, ...) assegurando o total entendimento entre quem cria e quem produz. É o responsável pelas negociações e pelos prazos de execução da campanha. Acompanha todo o processo de produção substituindo muitas vezes o Art Director e o Copy.

- Produtor Fotográfico – Idênticas funções ao Produtor TVRCine mas com especialidade na fotografia e ilustração.

- Director de Produção Gráfica – Responsável pela gestão da produção das peças de comunicação “escrita” (anúncios de imprensa, outdoors, peças plv, brochuras, etc.) Assegura a qualidade da produção nos prazos e ao melhor preço. É parte fundamental na rentabilidade de uma Agência.

- Arte Finalista – Funções ao nível da finalização gráfica das peças antes de entrarem em produção.

- Produtor gráfico – Apoia e controla a produção das peças impressas ao nível da pós-produção de imagem, execução de selecções de cor e impressão/produção.

- Tráfego – Tem como responsabilidade a constituição da carteira de fornecedores, negociação interna entre departamentos e gestão dos processos dentro da Agência para que se cumpram determinados pressupostos de prazos e organização de trabalho.

- Direcção de Media:
o Director de Media/Planeamento de Media/Comprador de Espaço/Controlador/Executivo de Media:

- Director de Media – Coordena toda a área de meios e é responsável pela estratégia de Media. Tem de adquirir os estudos de mercado e de meios para manter a actualização da informação. Está presente nos momentos mais importantes das reuniões com o Cliente e apresenta a Estratégia de Media, representando ainda a Agência junto dos meios e suportes. É ainda o responsável pela negociação anual de espaço.

- Planeamento de Media – Fazem o planeamento efectivo dos suportes para uma campanha. São os responsáveis pela optimização do plano sendo importante a sua criatividade para o sucesso.

- Comprador de Espaço – Compram o espaço e tempo, especializando-se nos meios com contactos que vão dar as ordens de compra aos suportes.

- Controlador/Executivo de Media – Responsável pelo controlo e qualidade da campanha nos meios.

- Direcção de Pesquisa/Research:
o Director de Pesquisa/Executivo de Pesquisa:

- Director de Pesquisa – Responsável pela execução e compra de estudos sobre o Mercado, Comunicação e Consumidores que visa apoiar a Direcção de Contas nas estratégias de comunicação.

- Executivo de Pesquisa – Responsável pela actualização dos Advertising Books ao nível de Copy Analysis. Acompanha os Executivos na gestão diária das Marcas.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Gestão de Marcas

Como gerir uma marca
Índice
Introdução
Ponto 1 - O que é uma marca
Ponto 2 - A avaliação de uma marca
Ponto 3 - Os dois tipos de marca
Ponto 4 - Os pontos-chave na gestão de uma marca

Introdução

É hoje indiscutível que uma marca representa, para a empresa ou a organização que a detêm, um valor considerável podendo verdadeiramente ser consideradas um activos dessas entidades, ao mesmo título que um edifício ou um executivo de topo. As marcas hoje estão em toda a parte e fazem parte da realidade empresarial. Mas geri-las não é tarefa fácil.

Ponto 1 - O que é uma marca

Muito se fala de marcas. Mas convêm identificar quais são as características principais, e portanto o seu real valor para qualquer organização, que se encontram nas várias denominações que as empresas ou organizações dão aos seus produtos ou serviços:

Um signo distintivo: Numa primeira aproximação, a marca é o que permite identificar um produto ou serviço: é o seu nome comercial. Como tal, é propriedade da empresa que a criou e está protegida pela lei.

Uma identidade: Mais do que um nome, a marca, se for eficaz, transmite toda uma série de valores e conceitos tornando-se assim um símbolo. O trabalho da empresa consiste em transmitir uma ideia complexa através de sinais simples. Mas para isso é necessário um trabalho difícil e longo. As organizações pretendem adquirir três características para as suas marcas:
credibilidade
legitimidade
afectividade

Um activo: Já é reconhecido que uma marca forte representa um valor para a empresa que a detêm. Ainda que este valor não venha expresso nas contas financeiras das empresas, é um montante a ter em conta quando, por exemplo a empresa é adquirida por outra.

Ponto 2 - A avaliação de uma marca

Quando se pretende fazer uma avaliação de quanto vale uma marca é preciso distinguir quatro fontes de valor:

A notoriedade: o grau de conhecimento da marca por parte dos consumidores; o facto de ser um nome que o mercado identifica é uma vantagem concorrencial substancial em relação aos outros produtos.

Qualidade percebida: a qualidade que o consumidor atribui ao produto para além dos atributos físicos reais do bem; é um valor intangível mas o consumidor está disposto a pagar um preço por ele.

Imagem de marca: a capacidade de evocar um conceito ou um sentimento na mente do consumidor; é muito útil na maioria das compras por impulso mas não só.

Fidelidade: o facto do cliente preferir não escolher outras marcas concorrentes.
Apesar da existência de um valor nas marcas detidas pelas empresas, o seu cálculo é extremamente difícil porque se trata muitas vezes de um conceito abstracto, um activo intangível, e porque não existe uniformização nos critérios. O valor da marca é referenciado como sendo o goodwill de um fundo de comércio mas este valor inclui igualmente outros factores intangíveis.

Ponto 3 - Os dois tipos de marca

Quando uma empresa tem que gerir uma ou um conjunto de marcas, várias são as opções se deparam na construção de uma arquitectura para um conjunto de produtos:

Marcas umbrella: Tratam-se de marcas genéricas que estão presentes em todos os produtos da empresa. Identificam o produto como algo que provêm de uma determinada empresa, normalmente conhecida e com um certo prestígio. Uma estratégia deste tipo tem vantagens e inconvenientes:
Vantagens:
redução de custos
possibilidade de desenvolver marcas fortes a nível internacional
facilidade de entrada no mercado de novos produtos
Inconvenientes
Diluição da imagem e do posicionamento no mercado
Contradições na imagem (dois produtos da mesma marca destinados a segmentos diferentes e até contraditórios)
Aumento do risco: um problema num produto reflecte-se em toda a gama

Marcas produto: Definem-se como o oposto das marcas umbrella e possuem, consequentemente, os inconvenientes e as vantagens recíprocas.

Ponto 4 - Os pontos-chave na gestão de uma marca

Gerir uma marca não é fácil. Além da visão global que os gestores devem ter, todos os pormenores contam. Existem oito pontos-chave que nunca devem ser esquecidos.

Abrangência: Uma marca não está só associada a um produto ou uma gama de produtos. Tudo pode ter uma marca, desde um detergente até uma cadeia de restaurantes até uma empresa de serviços de consultoria. O que é importante reter é que as pessoas nem sequer têm que conhecer bem o produto ou o serviço proposto para conhecer e ter uma boa imagem de uma marca.

Dimensão simbólica: Qualquer marca, para ser forte, tem que apelar a algo de profundo, de mítico. Uma marca com sucesso não se deve limitar a representar uma categoria de produtos e demonstrar saber nesse campo. Uma estratégia de marca bem sucedida tem que remeter o consumidor para uma outra dimensão. O ideal é ir buscar algo que tenha a ver com a própria história da empresa, as suas origens. Depois é preciso construir uma envolvente associando a imagem da marca e, de preferência, os próprios produtos ou serviços, a essa história da empresa. Mas isto também implica esforço e tempo. É errado considerar que a construção desta identidade, quase mítica em alguns casos, está exclusivamente virada para o exterior. Trata-se também de uma poderosa ferramenta de gestão da motivação interna que tem, em consequência, efeitos positivos no mercado.

Posicionamento estratégico e identidade: Mais importante do que a forma como a empresa analisa e vê a sua marca é a percepção que o mercado tem dela. Compreender como a marca é vista pelos clientes e potenciais clientes é um factor essencial para desenvolver, adaptar ou fazer evoluir o posicionamento estratégico de cada marca. Conhecer a marca por parte dos seus detentores permite duas coisas:
1. saber quais as direcções a não tomar para não destruir a imagem que se criou
2. conseguir inovar, surpreendendo o consumidor, acrescentando uma nova gama de produtos por exemplo, que pode ser muito diferente mas desde que seja consistente com as anteriores.

Perspectiva a longo prazo: hoje em dia, ter uma marca reconhecida no mercado é uma necessidade, não se pode dispensar. Numa altura em que a lealdade do consumidor é extremamente baixa, o estabelecimento de uma marca forte, que o consumidor reconheça e aprecie é um factor-chave para não ser ultrapassado pela concorrência. Mas conseguir que o consumidor reconheça a marca e tenha dela uma imagem positiva leva tempo e consome recursos. Assim, construir uma marca forte deve ser considerado um investimento.

Estabelecimento de uma categoria: Uma grande marca deve extravasar os limites do produto ou serviço ou da gama de produtos ou serviços que disponibiliza. Uma marca bem sucedida deve ser o representante de toda uma categoria de serviços ao cliente (entretenimento, desporto, etc.). O desafio, e a medida do sucesso, é o da marca ser sinónimo da área que representa, ser uma referência. Quanto maior for a categoria, desde que seja coerente, mais hipóteses tem a marca de alargar a sua gama de produtos ou serviços sem confundir o consumidor.

Estabelecimento de uma relação emocional: Quando se fala em produtos de determinadas marcas, o factor emocional é muito importante. Apesar da qualidade do produto ou serviço ser essencial para uma estratégia de implantação da marca junto dos consumidores, o factor emocional é extremamente importante. Muitas das decisões de compra passam pelo factor emocional e até se consegue cobrar um preço extra se se conseguir, além de vender um serviço ou um produto, transmitir uma emoção.

Consistência na imagem: Um factor essencial é a coerência de todos os produtos da marca. Para o consumidor e para o mercado em geral, é essencial que haja vários factores que identifiquem com clareza aquela marca, com produtos ou serviços determinados, com uma história bem definida, com identificações claras a sentimentos e conceitos. Neste ponto, todo o cuidado é pouco. Para evitar quer o consumidor deixe de identificar a marca, esta coerência deve transparecer em vários elementos.
Embalagem
Cores
Tipo de letra
Logótipo
Personagens
etc.

Quando a imagem tem de evoluir, é importante manter um certo número de símbolos que ajudem o consumidor a fazer a ligação entre a imagem antiga e a nova. Muitas marcas têm que despender avultadas somas para primeiro estudar uma nova imagem que seja apelativa e depois habituar os clientes a ela. O perigo é sempre o de alienar os clientes fiéis.

Valor duradouro: Um erro a não cometer é o de alterar os valores que sustentam as marcas. Uma marca com imagem "tradicional" não pode passar a ser "jovem" de repente. O mais provável é que os consumidores se sintam confusos ou, pior do que isso, enganados. Por tudo o que foi dito anteriormente, existe uma ligação emocional bastante forte à marca e portanto uma mudança radical ou a tentativa de acrescentar conceitos diferentes ou antagónicos aos conceitos que estão ligados à marca, pode ter consequências muito graves. Não é certo que se consiga atrair novos clientes e os que eram fiéis abandonarão a marca, provavelmente para sempre.

comunicacaomarketing.blogspot.pt

Bibliografia
Serra, Elisabete Magalhães; Gonzalez, José A. Varela; A Marca - Avaliação e Gestão Estratégica; Verbo; 1998
Lendrevie, Jacques; Lindon, Denis; Dionísio, Pedro; Rodrigues, Vicente; Mercator; Publicações Dom Quixote; 6ª Edição; 1996
Dearlove, Des; Crainer, Stuart; The Book of Ultimate Business Brands; Capstone; 1999
Ries, Al; Ries, Laura; The 22 Immutable Laws of Branding; Harper Business; 1998
Executive Digest, Ano 4, nº. 53, Março 1999; Abril ControlJornal

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Amigo Rasquilha..

este post serve única e exclusivamente para dar uma palavra de apreço e de gratidão a uma pessoa que me habituei a admirar por uma série de razões..
e como na vida não devemos só pedir, aqui vai uma maneira simples e humilde de dizer obrigado..

por tudo o que me tem ensinado, pelas inúmeras vezes que me corrigiu e me "deu nas orelhas" , pelos bons momentos de disposição e pelo espaço que me tem permitido evoluir como profissional e sobretudo como pessoa.. obrigado sobretudo pela confiança que mostrou e tem mostrado a cada dia..

nesta sua nova aventura só lhe posso desejar o melhor com a certeza que vai vencer, como tem feito em todos os projectos onde tem estado.. sou mais um para ajudar a levar o barco a bom porto e sempre que precisar de descansar, ajudarei sempre a segurar no leme..

um grande abraço,

Hugo Soares

Maldito Telemóvel!

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Relações Públicas

"RP são um conjunto sistemático de acções de comunicação, de relação e de contacto, que concretizam a filosofia da instituição de querer estabelecer com as suas envolventes internas e externas relações confiantes e de aceitação social, em suma, relações que definam um estatuto de cidadania e vizinhança completas de uma organização face às suas envolventes."

Américo Ramalho

Pesquise e comente a importância das Relações Públicas para as organizações.

Bom trabalho :)

1/AOE

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

o que é uma Marca?


"Para mim, uma marca - apesar de constituir um processo bastante complexo - é, tão simplesmente, uma "Marca", ou seja, é alguma coisa que nos marca, sobre a qual temos uma opinião e nos deixamos ou não seduzir pelos seus encantos, ao ponto de aceitarmos consumar uma relação que, normalmente, envolve dinheiro. Neste sentido, uma marca é aquilo que resulta do conjunto das acções e manifestações de uma empresa, de um produto ou de um serviço; do seu lado material e concreto, do seu lado imaterial e ficcionado."

Carlos Coelho
Presidente da Iviyt Brand Corp


1/AVI - Depois da apresentação que assistiu na aula, faça um breve resumo da mesma e diga o que é para si uma marca.

Bom trabalho :)

Definição de Comunicação

"A comunicação excelente é a comunicação estrategicamente gerida, que atinge os seus objectivos e que contrapõe as necessidades da organização com as necessidades dos públicos-alvo, através da comunicação simétrica em dois sentidos."

Frederic Halpering

1AOE - apresente a sua definição de Comunicação.

Bom trabalho :)